Elzana Mattos

Gotas Acesas -  que jorram infinitamente...do meu ser!

Textos


O Acaso

O acaso me confudiu intempestivo,
  Estrelas mornas desenham o céu.
       Riscos soltos, vagam intrépidos.

Gélidos murmúrios de sangue púrpuro,
      Escorrem lentamente do meu colo.

Começo a suar e derreter em brasas,
       Não consigo flutuar...
Há mormaços, muralhas, abismos,
Brotando fragmentos e lembranças perdidas
No arrebol crepuscular que se figuram.

O acaso me prendeu na téia do tempo,
Desesperançando meu coração em tédio.

Fio entrecortado, pulsante, 
De imagens espasmadas,
Na rajada do vento que exlode.

E aí, o pulsar, se espanta e foge...

Tenho medo das palavras,
do homem,
da flor,
do guia...

E o acaso, agora, se confunde:
Demarca, amargor e rebeldia,
Tensos - escabrosos - anos,
Semi-vividos, eu creio,
    Em desalinho...
      No descompassar
      Universal
          Que gira
               Sem parar
sufoca
suplanta
subjulga

Condição -  espectro
    Involuntário,
           De homem,
Que atravessa...
   Se acaba.
       Exala,
E se encontra,
No turbilhão da hora,     
Que evade simplesmente,
    Na escala semiviva da cinsciência, 
        Que exila rastros e restos de mim...
                 Criatura insípida - inumano!






Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 11/10/2010
Alterado em 08/07/2011
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