Teu olhar me feriu de morte,
Corte atravessado na garganta
Profunda de abismos, abissais,
Dentro de mim...
Teu olhar me feriu de morte,
Esmagando lembranças...
Açoitando-me na noite escura.
Teu olhar me feriu de morte,
Estilhaçando medos...
Preconceitos e escolhas.
Teu olhar me feriu de morte,
Revirando gavetas,
E lembranças fugidias...
Teu olhar, agora, no meu peito:
Dói e dói, dividindo saudades,
Impressões obscuras,
Étereas, talvez, diria,
De momentos eternos...
De um tempo longínquo,
Vivido em segredo.
Em pleno gozo e delírios...
Harmonia de corpos e alma!
Teu olhar me feriu de morte,
Outra vez...
Morro,
Morrendo...
Aos poucos,
Longe de ti,
Em clausura,
Sem fim!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 28/02/2011
Alterado em 11/02/2012