Elzana Mattos

Gotas Acesas -  que jorram infinitamente...do meu ser!

Textos


Incandescente...(Dinha)

Incandescente, tua presença surge
 Nas melhores lembranças juvenis
    Que encerro... nesse fragmento,
   Que entrecorta, sorrateiramente, 
            Das cinzas do passado...
        A reviver impressões inócuas, cruas,
          Viscerais que me cortam descomunal, 
            Sem pudor em extrema agonia...
         Na manhã traiçoeira que me invade.

          No ranger da velha caixa de costura
     Da minha avozinha querida...que espera!

Incandescente, tua presença, incógnita,
Revela-me acordes inusitados...
         Das cordas que entrelaçam,
              Nas teias do passado...         
     Por entre cordões, linhas, agulhas e sons,
    Que se misturam com segredos e saudade!

    No ranger da velha caixa de costura 
  Da minha avozinha querida... que espera!

Incandescente, pressinto, esse momento... 
  Que passa como tudo e exaure, lentamente, 
A saudade infinda, de ignotas lembranças,
Fugidias... palavras que mergulham,     Inconscientes -  no turbilhão Dos  meus sentidos...
Na teia viva da memória,
 Doces e singelas... lembranças!

No ranger da velha caixa de costura
Da minha avozinha querida...que espera!

   Incandescente, agora estou:
     Pronto e casto p'ra sentir...
E ressurgir, quem sabe,
 Em outros sóis de esperança, 
E perscrutar o portal aberto dos sonhos
   Na singela poesia que permeia e guarda,
                 Gentis segredos e chaves...de ti, 
Que não consegui e, não tive tempo,
 Para decifrar os teus encantos...
                 E mistérios!
  
                  Na velha caixa de costura... 
                  Da minha querida...avozinha!

Homenagem Póstuma:
Maria Neves Lima(Dinha) nossa avozinha querida!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 04/03/2011
Alterado em 06/03/2011


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