Elzana Mattos

Gotas Acesas -  que jorram infinitamente...do meu ser!

Textos


                      O Bonde da saudade...

 
 No borralho presa está,
 Lembrança passada,
 Em adorno secular.
Um sinal, lá da porta de frente,
  Ecoa estridente...
Rangendo a madeira carcomida,  
 Esverdeada  - com o tempo.
Chetiram - chetiran - chetiran
 Parece um dobrado...
Na quarta-feira de cinzas.

 O bonde já não ouço.
 A orquestra já não toca.
O borralho: já não fala mais dele.
O silêncio é quebrado...
Pelo velho relógio da matriz, 
Que por um triz,  
Não emudecera.

O borralho,
O bonde,
Passaram...
Bem perto de mim,
Bem perto daqui,
E, não me dei conta! 

Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 16/03/2011
Alterado em 16/07/2011
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