Elzana Mattos

Gotas Acesas -  que jorram infinitamente...do meu ser!

Textos


Violinos I

Desce, sobe, cai um eflúvio sutil,
De mãos frias, quase mortas...
A tocarem trêmulos violinos,
Soluçantes sons, torvo da agonia.

Sobe, desce, cai em ópio letarárgico,
Transparente a me engolir,
Longe do eterno turbilhão...
Dos sonhos diamantinos,
A me exaurir!

Hoje, claustro, sossego...
Sofre, e sua...
De luares,
De neves,
De neblinas.

Desvario de sons mórbidos, incontidos,
Ruflando de par em par,
Noite a fora...

Violinos enluarados, plangentes,
Que acendem o verso do poeta,
Por entre soluços roucos,
Costelando visões ignotas,
Sutis palpitações à luz da lua,
Cordas vivas que gemem,
Que rasgam almas e desejos...
Na sombra leve da alvorada...
Que treme e fascina!

E como lâmpada acesa dos sonhos...
Desce aflita - cavando abismos n'alma,
Abafando a hora que cintila,
Das eternas ânsias!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 23/05/2011
Alterado em 08/07/2011
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