Acorda estrela reluzente que pressente, então,
Acorda estrela guia ao enfeitar o céu em guirlandas,
Venha breve, repousar tranqüila em minha mão...
Dor que me consome ao devolvê-las, represadas!
Acorda estrela, ferida n'alma a vagar...
Sem direção nas cordilheiras da ilusão a chorar...
Como é bom acordar noctívagas e ver-te suspirar
Estrela madrigal nas invernadas ao me abraçar!
Vens iluminar os meus sonhos de menina...
No túnel do tempo a esperar afagos e carinhos...
Revestida em medos de se entregar e amar!
Vens abrasar o corpo em flor no trepidar que fulmina...
Nas relvas em geadas do meu penar em redemoinhos...
Na bruma leve a exalar dissabores - vem audaciosa, apagar!
Acorda estrela reluzente que pressente a minha consumição,
Acorda estrela guia que enfeita o fimamento do céu em guirlandas,
Venha logo, venha breve, repousar tranquíla na minha mão, e finda,
A dor que me consome e devolva-me a esperança em confissão!
Acorda estrela amiga, pois, ferida n'alma estou a vagar,
Sem direção nas cordilheiras da ilusão a chorar,
Como é bom acordar noctívagas e ver-te suspirar,
Estrela madrigal nas noites invernadas a me abraçar!
Véns iluminar os meus sonhos entrenublados de menina,
Que ficou no túnel do tempo a esperar afagos e carinhos,
Revestinda em solidões, medos de se entregar e amar!
Véns abrasar o meu corpo em flor no trepidar insone que fulmina,
Frescor nas relvas em geadas a consumir o meu penar em redemoinhos
Na bruma calma e leve a exalar dissabores - véns audaciosa, apagar!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 28/06/2011
Alterado em 19/08/2011