Ao longe...
O dia morria leve feito espumas flutuantes...
Sob um sendal de brisa a cortar o horizonte...
Por nuvens ensombradas a cairem soltas, ofegantes,
Nas asas do firmamento que cingia ofuscante!
No entristecer flébil e suspirar dos ventos...
Bela paisagem se formava nos braços da noite...
A enlaçar sentimentos mornos na memória gotejante...
Que começavam a se alinhar em planetas soturnos!
Pode-se ouvir os bramidos e mugidos d'almas...
Que rompem o silêncio num coral de vozes...
Que ululam lacerantes, imorredouras e vertiginosas!
Lágrimas doces que se espraiam em grinaldas etéreas,
Na antemanhã que cinge mansamente muitas flores,
A tecerem as madrugadas em arcos gentis, esplendorosas!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 11/07/2011
Alterado em 11/07/2011