Ao refletir dos meus olhos insones na pálida lua...
E que me velava toda nua sem eu sentir...
O tempo se foi nas asas do vento na noite crua...
E não deu tempo de juntar os pedaços que repartir!
E que distante de mim, redargüiu ausente ao me inquirir,
Reflexos foram se delineando na voz do tempo que flutua...
Ao refletir dos meus olhos insones na pálida lua...
E que me velava toda nua sem eu sentir...
Deixando-me silente em tormentos e solidão que estua...
Na mudez d’alma esmaecida e fria ao desluzir...
No semblante opaco, endurecido, na hora que se insinua,
Não dormir por pura pirraça, e hoje, não posso mais fingir;
Ao refletir dos meus olhos insones na pálida lua!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 25/07/2011
Alterado em 10/02/2012