Ao ver-te num' alvura excurrente...
Meus olhos se ofuscam com sofreguidão;
Fiz-me de rogado ao joeirar no chão...
Beijando estrelas, que a cobriam, morrente!
Na silagem da hora que passa escarlate,
Soberbo da tua boca um último beijo...
D'alma que te prende num véu celeste,
Crepuscular, envolto de trigos, aleixos!
Luzes vão morrendo, muito além...
E o coração, cansado, fica refém,
Da saudade insofismável ao léu!
Prevejo nuances mortas sob penugem
Resguardo, o último trago, réquiem...
Do fel da tua Boca Maldita no breu!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 20/09/2011