Azaléias crescem no meu jardim...
Folhas crescem ligeiras leves e quentes,
Nas madrugadas cinzentas das lareiras...
Azaléias cantam nas cabeças tortas das manhãs...
Que anunciam na voz das cerejas bem fresquinhas,
Na saliva doce do vinho bom que adormece...
Por vezes, ácido que corta e quebra...
As teclas do meu coração, tão frágil de ti,
Ao ser dedilhado pelos ventos uivantes...
Que dilaceram sem demora a memória dentro dela,
No canteiro suave d'azaléias dos meus sonhos...
Outrora doces e belas; tão singelas da minha janela,
Hoje, sombras etéreas em quimeras que se perderam...
Num desassossego - silencioso - dos meus segredos!