O sol morreu e o corpo permaneceu em luto,
Junto a esse turbilhão de lembranças,
E natureza, ah minha natureza...
Ficou viúva do silêncio que ouvia,
O pôr e se pôr a cada dia,
Morrente... sem alegria!...
"E o corpo noite em negro luto,
Órfão da luz, dádiva da vida...
Caminha cego na dor escura,
Tateia o sol sem achar saída,
Morre-se menos, ao se perder a vida,"
Porém, somos noites e sóis...
Que mesmos morrentes...
Renascemos das cinzas.
No breu da noite...
Na noite infinda...
Ser sol, ser noite...
Confluência ou mistério,
Duma manhã gentil,
Que nos abraçam...
Levemente...
Sem percebermos.
Embebendo-nos de viço e estrelas,
Loucuras, devaneios e penumbras,
Antes do entardecer...
Ser sol e ser noite,
Sem razões e porquês!...
Interação: na segunda estrofe
Por Diário de um Louco.