Ao acordar na penumbra outonal...
Tateando, taciturno, e terminal,
Sob resquícios cinzentos na penugem...
Tudo parecia absorto; morto na fuligem.
Nas pradarias, folhas secas caem, outonais
Sendo acariciadas pelos ventos, ternais...
Almiscarados se'espalham nos eitos em preces
Num arco-íris em arrebol por interfaces.
Magnífico acordar na mocidade!
Triste acordar na senilidade!
Sendo obrigado a levar ao esquecimento;
Tanta beleza e anelos em movimento.
Chego a temer estar sonhando acordado...
C'a paisagem sob miragem no pensamento...
Ao sentir-me quedo e volátil no firmamento!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 15/04/2012
Alterado em 15/04/2012