Quando torpe digladiava à toa...
Fazendo tolice c'mo se fosse coisa boa;
Bebendo o fel no lugar da borra...
Comendo o pão amassado na zorra!
No lixo amargo da droga sem proa...
Perambular cegueta no túnel da mágoa,
Juntando pedaços da ira qu'esfumaça,
Nas dobras do tempo que senil estilhaça!
O corpo carcomido deste ser sem graça...
Que corre do mundo por pura pirraça...
Dormindo nos bancos imundos da praça!
Oh vida feral que m'enterra na cachaça!
O tempo vai passando, e eu, na ressaca...
Sendo vampirizado pela tua rechaça!