Empalidecida numa sombra de Carrara
Seu reflexo formava uma cruel ossatura
Do corpo esguio duma pobre criatura...
Quando partio desse mundo sem Ventura!
Ao perder-se nas noites de clausura
Do corpo e d'alma na vil armadura
Onde tudo é perecível sobre a Terra
No legado do ser que insano desterra!
Na ilusão do mundo que perdura...
Ao dilacerar a matéria que se emoldura
Lájea - sob o granito que se desbanca!
Do néctar que pouco a pouco se arranca
Dos veios da terra que inglória se alimenta...
Da massa córporea que lentamente decanta!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 30/06/2012
Alterado em 08/10/2013