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Bordando nosso enxoval com filigranas... Em primaveras, tão singelas - douradas Incrustando nossos nomes em monogramas Destarte no altar sob juras serão seladas.
Diante de Deus ao consagrar o nosso casamento... O tempo passou, mornamente, sem encantamento; Tansformando-o num castelo de cartas, amarelado... Vendo vidas ruírem naquele enxoval guardado.
Lembro-me bem que um dia fomos muito felizes... Hoje em total abandono ao guardar, sem usá-lo, Agora, só servirá p'ra fazer nossas mortalhas!
Que recobrirão o nosso enlace desfeito nas dores... Sob infortúnios, quando, não soubemos mantê-lo, Quiçá, guardará nossas lembranças grisalhas!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 14/09/2012
Alterado em 05/10/2013
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