Elzana Mattos

Gotas Acesas -  que jorram infinitamente...do meu ser!

Textos




O abafado da hora, agride, ensombrando...
mádidas flores, que murcharam;
no velário da memória, que chia,
um chilreado lacrimoso, que perdura.

Não se ouve mais o gorjear leve das passaradas,
E o canto das cascatas....adormeceram;
não há mais ilações, desvirginadoras, nas madrugadas.

E os véus enevoados, se desfazem...
dissipando lembranças, no arquejar da vida; 
que prossegue...sem fazer barulho.

E, lá do alto, dos precipícios dos mortos,
ao qual me entrego:
reviro a minha cabeça torta,
de bicho do mato - que se confunde,
com a torrencial indecisão do corte.

O ar vaporizado me consome...
na chama exposta dos meus desenganos.

O abafado agora me sufoca em correntes sangrentas vermelhiças,
amortalhando a carne putrefata, dos meus achismos.

Deverasmente restituidos...
das entranhas malditas dos meus submundos.

 Consorte, estabelecer-se-ia, o verdadeiro axioma,
àquele que, se mistura e se depura...
mesmo em se tratando do fracasso ou desconhecimento,
da complexidade e mordacidade, que se projeta;
na pobresquidade, initraduzível, em que se vive.


 

Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 10/11/2012
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