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Mãos Bentas...
Mãos Bentas e firmes a tear...
Nas Virgens noites a tramar,
Nas telas estendidas ao luar...
Cores e nuances a se cruzar:
Linhas e retas dum passado...
Matizes que dançam c'mo num fado,
Vigendo esperança no brocado,
Num carretel desenrolado...
Fio a fio num pavio...
Trançando... o dia... no estio,
Sortilégios sob desafio,
Curvas e crendices dum rio...
Olho d'água que não se prende...
Escorre... e move de repente,
Não mais... que de repente...
Chora e chora feito nascente...
Desaguando em cascatas...
Derramando, à seiva, fartas,
Dos sonhos que desbravas,
Das Marias Benzedeiras...
Mãos Bentas na procissao...
Mãos da Virgem em devoção,
Ao costurar c'm o coração,
Rendas e bordados em Oração!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 22/12/2012
Alterado em 23/12/2012
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