Elzana Mattos

Gotas Acesas -  que jorram infinitamente...do meu ser!

Textos

                            Prisão e loucura

Prisão e loucura são almas gêmeas
Num tamborilar intenso em minha pele;
Carne à espreita que goza,
Força brutal da natureza.

Jogos que se formam na tez do pensamento
Dígitos que se somam no esquecimento,
Mas, há em mim, bruxuleante desespero,
Que consome, agride, fere; a fogo e ferro,
Rasgando tudo, tripudiando tormentos.


Fogos que são inçados ao relento!
Queimando e dizimando tudo,
Sem pudores ou lamentos...
Divã que se deita: loucura ou prisão
Eis, o momento...

Repensar o outro eu, do eu em movimento,
Que se perde, que se castra, sem mais ou menos.
Na balança do tempo que se constitui,
Em pesos e medidas; valores e proventos.
Bons ou ruins - creia!

Na hora que vige e se espelha...
Resquícios fragmentados, atados.
Na psique e no emaranhado...
Do que se vê ou não se vê.

Do que está além da linha do Equador.


Há, portanto, duplicidade, dualidade:
De dentro para fora, somatória,
Probabilidade que se constrói ou destrói.
Não há então, um meio termo.

Se existe, corporifica e se expande...
Na loucura real do pensamento;
Dedução ou indução?
De fora para dentro.
Eis a questão
!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 16/09/2013
Alterado em 16/09/2013
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