Elzana Mattos

Gotas Acesas -  que jorram infinitamente...do meu ser!

Textos

   
                
 
A Outra Visão...

Uma casa simplesinha de cor amarela
Portas e janelas abertas numa tela...
Uma casa simplesinha, portas da cor do céu
Varanda disposta, na aba do meu chapéu.
 
Uma casa simplesinha na Rua Dom Manoel
Revestida de pedrinhas também amarelas,
Ao refletir, sonhos, flores, e querelas...
Lembranças perdidas num doce Carrossel! 
 
 
Era uma casa simplesinha, tão gentil, tão gentil,
Cadeiras à porta, rede estendida, e um cantil,
Cheio d’água boa da nascente que rola...
De vez em vez, gentil, que também, decola...
 
Era uma casa simplesinha; só minha!
Onde guardei silêncio d’alma e poesias,
Lembranças viageiras e retratos pelo dia...
 
Ei-la simplesinha; minha casa, tua casa
Basta entrar e sentir o aroma da poesia
Nas paredes, tetos, cômodos, e salas,
Na cozinha matizada pela vida em harmonia.
 
Ei-la simplesinha, porém, tão frágil,
Mas forte, mansa, leve, e ágil,
Nas asas do Condor da Poesia...
 
 
Leve leve sobe sobe e sela...
Saudade... na melhor... idade...
Que era somente dela!

Uma casa, um segredo,
Simplesinho...simplesinho

Que divido nessa hora em redemoinho!
 
Que bate forte no meu peito e gela...
O pensamento, que descai, rola, e vela..
A recordação pintada, à mão, nesta tela!

Uma casa simplesinha simplesinha...
Simplesinha simplesinha por encanto...

 
Eis o meu presente a você neste Dia...
Tão vivo na memória que fremia:
Gestos, afagos, gotas, e poesia...
No arrebol do tempo, que gentil, Dormia!
 
 
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 05/10/2013
Alterado em 12/10/2013
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras