Folhas Mortas de Mim Esvoaçam...
Horizontes de Sentidos...
So-Mente - Ergo.
Mas, além de Mim...
Há outras folhas
Solitárias que se perdem...
Secas e opacas,
Molemente esvoaçantes..
Sem abrigo.
Tosco perigo...
que desponta e desbanca
outras tantas folhas,
Sem refúgio.
Horas e folhas semimortas,
Que passam invigilantes...
Outras dolentes -
De dentro para fora de Mim.
Talvez de forma furtiva ou intempestiva.
Mas, há muito mais folhas à deriva.
Meu Mar escorre em outras bordas...
agora - apenas transcendo...
- pacifica-dor-a-mente.
E, não partirei jamais!
Ainda terei muito mais tempo para brincar de deus.
Digo: fazer de conta que eu posso inventar a chuva;
e, posso abraçar o universo inteiro -
mesmo que seja através de outras folhas
sob olhares dispersos numa vontade incontrolável,
de ser o outro no outro - em folhagens verdejantes,
mesmo equidistante - para quem sabe,
nesse renascimento -
chegar a uma uni-fica-ção inteira.
Mesmo que daqui,
possa ainda existir:
Em Mim e Por Mim...
por essência divina,
apenas-Mente!