|
Revestido por muralhas tão íngremes, não consigo mais transpor minha juventude enclausurado e triste nestes escombros...
Onde o negrume... Toma Tudo... Passei anos a fio nestes báratros; hora perdido nesse vazio... Por um fio... Pavio...
E, não posso mais retornar, aquele estado tão primaveril, onde o tempo não passava...
E, a chuva, chovia... Lá fora.
Hoje, revejo pôr, meu fim às cegas, no que meu corpo se resumiu: a um amontoado de ossos rígidos, porém, fragilíssimos...
E, aquele meu olhar de chuva - - transbordante - Ora Oco e Vazio nesse vendaval de agruras, que só, somente só, convivo.
E, os meus anos bons de pura fantasia... perdi-os todos ao afogar-me nesse mar de tristezas...
Agora inerte e torpe estou: do acordar ao repousar os meus tenebrosos dias...
Ah, e as noites invernosas, todas elas, mergulhadas nesta afasia; relegando-me apenas, não mais perscrutar outras primaveras;
- Estação Primeira: das minhas outras ERAS!
-
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 21/12/2013
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
|
|