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Foto: B. MoserFlores se abriam esplendorosas,
tão lindas e tão raras,
cercadas por cascatas de espinhos,hirtos e longos,para afugentar
as dores e a solidão.
Serviam-me de proteção,
ao blindar meu coração.
Mas, esta flor que nasceu em mim
ontem alegre, hoje deserto.
Das pétalas tão delicadas,
ora frágeis, sem o toque de seda;
sangue pisado, a se espalhar...
das raízes até os galhos.
E a seiva gotejante...
triste e rala secou,
como um mandacaru velho,
cansado de tanto esperar.
Implorando aos ventos
sob penitência:
- Até quando meu Deus!
Fenecer pouco a pouco
sem me entregar?!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 09/02/2014
Alterado em 09/02/2014
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