Não Serei...
Lágrimas partidas
No turbilhão da hora.
Não serei
Choro incontido
No verso da imensidão.
Não serei
Tristeza sentida
No carrossel da morte.
Não serei
Solidão desmedida
No escarnecer da multidão.
Não sendo
Vou partindo...
Não sendo
Vou sumindo...
Como nuvens de algodão
Flutuantes, escarlates,
Rodopiando pelo vão,
Da boca da noite...
Que sussurra intrusa,
Restos de carne podre,
Cheiro fétido,
Pária na escuridão!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 15/10/2010
Alterado em 08/07/2011