Lá da cumeeira do velho paiol,
Da rocinha dos meus anos...
Fico
à
Espreita,
Revirando recortes, lembranças,
Apagadas, fugidias, desesperança.
Não consigo descer,
Preso, vôo em vão,
No vai e vem adormecido,
Da rocinha dos meus anos...
Não consigo fugir,
Dos fantasmas inglórios,
Que me acompanham incógnitos,
Da rocinha dos meus anos...
Anos vividos a fio...
Tecido a nó, atados,
Impregnados por fuligens,
Resquícios de cinzas nas veredas da dor,
Incomensurável,
Lacerante,
Que me sufoca,
Fere, corta,
Faca afiada,
No esfumaçar do tempo,
Da rocinha dos meus anos...
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 15/10/2010
Alterado em 08/07/2011