Navego...
Navego por ondas turbulentas
O corpo submerge... lentamente,
Não consigo respirar,
Sinto meu corpo flutuar.
Meu grito dilui...na calçada da noite,
Pressinto uma nesga de luz,
Nas mãos frias do tempo - escasso.
Breu total, desponta - sorrateiro,
Na escuridão... indecifrável que me corrói,
Ladeada de emoções...
Tempestades - chuviscos,
Intranquílos em desvelos.
O oceano me separa...
Do que fui e do que seria,
Talvez, amanhã!...
A dor dilacera e tranborda,
Gotas de sangue, espassa - a ermo.
Não respiro mais,
Não sinto dor,
Só frio e vazio.
Encontro-me num labirinto,
Entrecortado, por ondas oscilantes - a esmo.
Perdi o caminho.... de volta pra casa.
Regressar, quem sabe, um dia?!
Quando,
Como,
Onde?
Afoguei-me em lágrimas,
Nesse oceano de amarguras,
Partidas de solidão...
Então, acabei, desfaleci,
Morri em mim mesmo!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 20/10/2010
Alterado em 08/07/2011