Teu Riso
Por entre risadas, gargalhadas e gemidos
Viajei nas asas abertas do teu corpo.
Me senti audaz, gigante - de novo,
Porém casto, sorrio...
Da voz púrpura que sorvo.
Risos, gritarias e charruas
Na beira da rua que passa...
E se mistura com tudo.
Do riso vem a dor - da espera
Que nos separa - ao amanhecer.
Do riso ficou saudade...
Do gralhar sem se perceber.
Balbucio quase emudecido...
Da tua presença, imaculada.
Que parte e se esvai - lentamente...
Como chuva fina - na calçada.
A penetrar ignota,
Tua in(presença)
Tua in(ciência)
Dos meus risos...
Na noite leve que exaure,
Susssurros e segredos bons,
De neófitos na descoberta do prazer.
Incontido de almas afins - por um tempo.
De corpos e almas , inocentemente,
Indubitavelmente,
Acasalados!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 02/03/2011
Alterado em 08/07/2011