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O sabiá já não canta - emudeceu
E, a madrugada órfã, lamenta...
O silêncio que acorda,
Breve sussurrar,
Que ecoa... matinal,
A derramar e desaguar,
Gritos e solidões.
E, o canto alegre de outrora
Partiu... por entre os dedos
Como areia fina da praia
A se espraiar... pelos ventos.
Sabiá, onde estás?
Devolva-me a ousadia,
A coragem para continuar a lutar.
Eu, que agora estou de asas quebradas
Sem forças para voar...
Volta amigo,
Volta altaneiro,
Oh Sabiá!...
Tu que és poesia...
Tu que és o doce pranto...
Que me conheces a fundo.
Volta, volta cedo,
Volta breve...
Não quero viver na solidão dos meus versos
Outrora, borbulhantes de sonhos...
Como festa de ano bom!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 22/03/2011
Alterado em 23/11/2013
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