Évora, querida!
Que saudade! Évora querida!
Solene - Sangrando - Sonolento
- Porém, leve - sigo:
Por entre correntes,
A desaguar recordações...
Tríade impura dum passado,
A desluzir medos,
E fenecer nímios,
À procura de mim mesmo.
Que saudade! Évora abrigo!
Lume estelar que persigo...
Manto enluarado que paira,
Em profundo... Sossego...
Força tenaz da natureza,
Movimentos que se erguem,
Ao gemer profundo,
Como lince, à espreita,
Riscando os céus dos silêncios,
Que mansamente se deita!
Oh! Bendita Estrelada Évora!
- Que chora saudades...
Saudades do velho amigo!
Saudade tênue - Que parte,
Hermética saudade...
Que se evapora,
Ao entreluzir,
Na sombra da memória...
Imagética, espaço, e tempo...
Ao se desenhar outros leitos,
Mesmo chorando, mesmo se rindo...
Sonhos e segredos de um velho menino!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 25/03/2011
Alterado em 16/02/2014