Uma porta se abre na imensidão...
Posso perceber - e sentir - o ranger da madeira fria
Posso sentir - e tocar este momento presente
Embora - oco no tempo.
Uma porta, uma certeza!
Riscos, traços, relevos,
Tudo parece tão igual.
Chega de medo!
Medo da Porta?
Mas, de repente:
A porta vai se abrindo...
Tomando - uma dimensão...
Gigantesca.
Então, eu pergunto:
Será mesmo uma Porta?!
Será Torta?
Ora, ainda não sei.
Estou diante da porta
E, só consigo - divagar...
É incrível a sensação!
Posso até vislumbrar...
O que há... nas fronteiras,
Do atrás - da Porta!
Então, começo a me envolver,
Embeber-me... do nada...
Que possa existir,
Ou, do tudo...
Que posso - sentir!
A porta, Oh, porta!
Há limites, há espaços...
Porta, portal - no ínfimo
Do meu ser...
Que se mistura
Com um turbilhão...
De sensações; e prisões
De sentimentos
Do meu (eu) ...
Porta Agora:
Parte Passagem
Porvir Do Pulsar
Da Providência Divina.
Porta, Portal da Vida!
Degrau -- fundamental,
Da ascensão -- de cada um!
É só atravessar... sem medo!
Viajar... sem subterfúgios e,
Deixar fluir... e levitar,
Espontaneamente,
Ao descerrar as cortinas do infinito
Que habita em cada ser.
Porta, Agora...
Não é mais - Torta!
É simplesmente - Porta.
Na Imensidão do Cosmo,
Onde tudo começa...
Tudo se transforma!
E, o homem - inacabado,
Completa-se,
Integra-se,
Transmuta-se
Reinventa-se
No espaço universal
Ao atravessar - insofismável,
À Porta!