Sonata I
Ao ouvir o som leve da manhã que canta,
Pressinto uma delicadeza,
Tênue a me invadir...
Suspiro gotas de orvalho e,
Transpiro chuviscos estelares,
Que se espalham... por aqui,
Dentro do meu peito... infestado,
Por singelas lembranças!
Que só desejam seguir...
O curso natural,
Que ora me permite,
Viajar nas asas breve... do tempo,
E perescrutar, lugares, fronteiras,
Abissais dos sentimentos...
Que se misturam com a sinfonia ímpar,
Que insiste... penetrar, miraculosamente,
Os terrenos abençoados,
Solares e, eitos sem fim...
Ao ouvir a música suave...
Na aurora em prece...
Decoro partituras... divinais...
Que me encantam,
E fazem-me sentir abençoado,
Pelos pingos... da hora incólume,
E do titilar do barulhinho intempestivo,
Do vento... a me sorrir!
Refaço então, momentos e saudade...
Na sinfonia... do tempo... que me abraça,
E refaz, pouco a pouco...
Caricaturas de mim...
Pressinto nuances e coloridos, inusitados,
Desenhados... nas pequeninas e singelas,
Nuvens de algodão... doce... nos céus.
E posso... colorir... muitas vidas... e partir.
Voraz, veloz, talvez,
E estar aqui, digno de apreciar...
Tanta beleza... nesse universo - sentir,
E transpirar... vida!
Que brota mais uma vez,
Dentro de mim!
Tornando-me abençoado e sensível,
À essência divnal dos elos... que nos prendem,
Inimagináveis, nas teias do tempo...
Que se abrem em pétalas,
Vertiginosas... lá fora...
Esperando por mim!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 23/05/2011
Alterado em 08/07/2011