Tormentas...
Descem ventos, chuviscos e tempestades...
Turbilões de tristezas que assolam em plena aurora;
Que o medo atroz exora - lembranças fugidias que não demora!
Esse torpor abissal que me invade - sem estrelas e divindades!
Desce a noite negra que espassa em tormentas...
Embebendo, o cálice das horas intermináveis, violentas;
Olhando a lua lá do alto que se esconde minguando, sinuosa,
Da zona ardente da consciência em chamas e cinzas, impiedosa!
Descem raios, comentas, durante a noite, e estou cativo,
Nas prisões tórridas do medo que se instala e me alucina!
Molhando segredos do passado a desnudar cicatrizes, sem lenitivo!
Descem trovões, tempestades, a decerrar angústias sangrentas!
Circunscritos no Espírito de outrora que chora em lamentos...
No clamor ao céus bendito, piedade Senhor, pelos meus tormentos!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 28/05/2011
Alterado em 08/07/2011