Quisera...


Quisera ter os teus lábios de encontro aos meus,
Roçando sofregamente em suspiros e delícias, a ermo,
Retirar o néctar divinal dos teus sentidos, sem termo,
Numa volúpia extasiante que nos alimenta em sétimo céus!

Quisera ter as tuas mãos de veludo, por entre, as minhas,
Vai e vem de dedos, cordas musicais, a adornar, teus seios nus,
Num estampar de vertígens, e elixir divinais, totalmente, nus,
Frenesi de almas e luxúrias, a nos consumir em brasas!

E querendo vou sonhando com tudo de ti, teu cheiro, gozo,
Como um corcel desenfreado em noites de tempestades...
E voltar a assistir de novo àquele espetáculo, suntuoso!

De delícias incomparáveis, do universo infindo do teu corpo,
A fazer juras secretas de sublime amor em combustão...
Que insiste persistir, e habitar meu coração - pirilampo!