Por que choras?
Por que choras desacorçoado, velho moço?
Não encontrastes nas colheitas o teu repouso?
O sustento para tuas dores que tanto, rejeitas,
Diante do altar da santa bendita, te suplico e peço!
Estás escarnecido de muitas dores, e desilusão,
Passastes pelo mundo em vão, em brancas nuvens,
Ó meu velho moço, não fiques escondido em tatuagens,
E casebres de vidro que poderão ruir sem remissão!
Por que se escondes do passado, e vives condenado a solidão!
Desaire, repense, não vale à pena sofrer, pagar o preço sem confissão,
Recupere os momentos perdidos e livre-se do remorso e desolação!
Reavives tuas histórias, decrepitudes e crenças em firme decisão,
Sinta-se protegido pelo anjo da morte que serás teu fiel, aliado,
Na hora mais árdua da tua vida terrena, e estarás sendo amparado!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 12/06/2011
Alterado em 08/07/2011