Rasguei o Livro...
das nossas vidas,
sem pressa...
em muitas,
idas, e vindas!
Sonhos partidos que se foram,
Em vidro fosco, acinzentando...
Meu olhos vertentes...
Em cachoeiras e,
Desenganos!
Rasguei mesmices, monotonias...
Crendices d'alma e precipícios,
No descompassar frenético,
Que desvirginava agonias trêmulas,
Nas intermináveis noites( des)amantes!
Rasguei velhas lembranças,
Bruxuleantes, diria,
Que me perseguem e,
Defronta, meu ego...
Em incertezas e,
Chamas!
Rasguei tormentos e lamentos,
Na quietude que não pára,
Reverberações...
Que não cessam,
Dentro de mim!
E rasgando, página por página, percebi,
O que ainda, restou... de mim!
Eu, que tanto te amei,
Tanto te velei...
Em noites escuras...
Para o teu sono embalar,
E teus medos...afastar!
Rasguei tudo... em fim, por fim,
Aqui dentro - m'alma,
E agora, preso e louco,
Encontro-me perdido,
Em lágrimas salgadas,
A me afogar!
Rasguei-me em mágoas e desilusões,
No oceano maculado...
Entristecido,
Em saudade,
Indescritível, de ti!
Rasguei velhas fotografias, impressas,
Em meus poros dilatados,
Veias abertas... em álbum,
...amar...e...lento...
do livro exposto,
de nossas vidas,
E me ferir de morte,
Quando te perdi!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 13/06/2011
Alterado em 11/02/2012