Grito...
Esmaecido em penugens, fuligens, e traumas velados,
Grito e sobrepujo lamentos em decomposição, sem fim,
Ó quanto dói vê-la assim tão distante de mim...
Sob os faróis acesos d’almas estilhaçados!
Tua tez permanece camuflada na luz do horizonte,
Que se parte em si, uníssona em labirintos e fornalhas,
Dentro de mim a consumir febris tormentos de ti, e falhas,
Sigo enfim, arrebatado da tua presença, porém, infante!
Num cenário dantesco, miseravelmente, circunscritos,
Nas entranhas do meu ser indelével em ressentimentos,
Como um corcel alado sem direção, indefeso, a ermo!
Ó quanto dói estar aqui tão só sob muralhas e clausuras,
Diante do sepulcro encravado que me consome em fissuras,
Urdidas forças que destroçam e espedaçam-me sem termo!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 25/06/2011
Alterado em 08/07/2011