É noite e tremula a lamparina acesa na varanda
Velando o sono intenso do poeta caminheiro,
De versos e palavras noctívagas no palheiro,
Inspiração que acende versos n’alma e comanda!
Cada estrofe se abre despetalada em redemoinho
Turbilhão errante de impressões urdidas,
Perfumando as madrugadas que se erguem iludidas,
Na essência madrigal das nossas almas em desalinho!
Sem pedir licença o Poeta invade, simplesmente,
Afogueirando as tardes acinzentadas em brasas,
O sol lá do alto, tímido, arrisca-se a dar um grito!
Inda lança um raio breve, certeiro, insistente,
Para dar lugar e verter ao longe estrelas vespertinas,
Que parecem serpentinas a cruzarem o céu no infinito!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 26/06/2011
Alterado em 10/07/2012