Fenecer...
Ó como dói enxergar a dor em minhas mãos trêmulas e covardes,
No tambor vazio, estilhaços nas vidraças gentis das grades,
Que queimam em brasas e me assolam num açoite visceral,
Revirando minhas dores, preconceitos e fraquezas em arrebol!
Na covardia da minha vida assaz me entreguei em cortes,
Pois não soube viver e sucumbi no cavalgar em trote,
No véu da morte que me esperava languidamente, inerte,
Ó como dói ver-me tão desolado, e frio em morte!
Sob esse chão marmorizado das eternas ânsias de inferno,
Ó com dói a dor doída sem se ver na calada da noite, amargurada,
Ossos se quebraram em pedaços ínfimos, tombados ao amanhecer!
Eu, que outrora valente guerreiro, hoje, verme insano!
A procurar uma resposta para tanta loucura desazada,
De pobre moço a exaurir sangue gotejante no chão, a fenecer!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 28/06/2011
Alterado em 08/07/2011