Espelho d'alma...
No espelho da sala de jantar me entrego consciente,
Ao reviver lembranças em penumbras que me apego,
E um turbilhão de estrelas matutinas retumbam insistente,
No meu peito que sangra insone ao qual segrego!
Ao reviver temores e cospirações d'alma em desdita,
No ziguezaguear da hora esmaecida me recolho,
Prenúncio de loucuras, torpores, em rastilho...
A revelar dissabores, desvelos, n'alma retida!
Então, reavivo dentro do peito em cruz,
Uma dor imanente a consumir sem jus,
Em tempestades, degredos, e pus!
E ao mirarar o infinito, recuo, andaluz,
A procurar respostas em forma de luz,
Na candeia acesa que em flux me conduz!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 30/06/2011
Alterado em 08/07/2011