O barqueiro... II
A esperar serena nas areias finas do areal de negrume atados,
Sussurrando aos ventos brâmanes gemidos d'alma a vagar...
Volta barqueiro e vens iluminar com teu farol reluzente...
As noites envernecidas de solidões da bela morena a esperar!
Intrépida a vagar adentrando nas águas que finita no horizonte,
A mergulhar resoluta nas profundezas dos braços do mar...
Que ora, a recebe com reverência e cadência por ser bela morena...
Que com seu frescor e candura enfeitará aos céus e ao mar!
Com a poesia leve dos seus cabelos a flutuar como açucena,
Nas águas salgadas do amor de tanto esperar e amar...
O barqueiro do amor que nunca mais encontrarás!
Pobre morena que há muito encantou com seu corpo dourado,
Voz de sereia e cabelos cacheados como as conchinhas do mar...
Estejas enlaçada eternamente nos braços de Morfeu e Iemanjá!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 02/07/2011
Alterado em 08/07/2011