Violino Plangente...
Vejo-me em labirintos estreitos na revoada que acorda,
nos píncaros d'alma aflita que se encolhe na luz dos sons,
ao ensurdecer meus tímpanos com bramidos e tons,
violando pensamentos que afloram em segredos e ondas.
No violino plangente que exora os mistérios do íntimo...
diante das mazelas que iludo e findo no meu viver ferino,
no crepuscular que haure sentidos no desvelar que assino,
semblante imaculado nas vestes de Santa - ora reprimo!
Vejo-me no broquel de dores azaradas e saudade infinda...
da tua pele em sedas a me possuir profundo em feridas,
no ecoar largo da hora que canta esses vagos momentos!
No violino da tarde que me rebelo no dedilhar audaz, sentida,
notas infernais que se esvaem pelos vibráteis incontidas,
na esfera indomável dos sentidos e descontentamentos!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 13/07/2011
Alterado em 13/07/2011