Invernia...
Nas noites de invernia costumo ficar infenso,
Recluso em mundos impenetráveis sem prumo,
A perscrutar na indolência que apraz indefeso,
Degredos que inflamam dentro de mim sem rumo!
Na invernada que se expande, implacável,
Adentrando o meu ser inerte em lembranças...
Ao presenciar o tédio que infla feito lanças...
Que se abrem em vagas profundas, indescritível!
No invernal, então, me enervo... na hora que corta sedenta,
Ao penetrar inextinguível a entrujar minh'alma em luto...
No descortinar de véus, medos... e entristecer... em surtos!
Do corpo exaurido, indolor, indômito, que pressente, e agüenta,
Os reveses do mundo que o esmaga incerto... e injusto...
Nas sendas da noite inescrutável que expurgas - ora em vultos!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 13/07/2011
Alterado em 13/07/2011