Por que choras criança no ressoar da chuva de bramidos?
Não vês que me prende em solidões e labirintos que sinto,
No vendaval de tórridas lembranças a encrespar gemidos...
No frigir das horas que expurga dissabores que pressinto!
Por que choras pobre criança que na sua querência...
Praguejou sentimentos nas nesgas do tempo que enrugou...
Sem perceber fadado ao infantilismo e amadurecência...
Quiçá, passar incauto na vida sem medidas e dores inficadas!
Chorar para lavar a alma em desdita e revolver intempéries,
Na hora bendita que a leve em júbilos, a rutilar inscritas,
Na hora certeira que a desnuda indefesa a germinar, inteira!
A ressurgir criança - na hora que cederes em saberes,
Para compreender a mágica do tempo que creditas...
Ao demarcar na gôndola que restaura a criança em pira!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 13/07/2011
Alterado em 14/07/2011