Era a hora mais intensa do dia que se debruçava mansamente
Nas cordilheiras dos pensamentos que rodopiavam no rebento
Para aluir sensações que se formavam furtivas sem tempo...
Nas ventanias do eu que açoitam doces lembranças - refulgente!
Era a hora mais tranqüíla ao embeber-me de gotas e luas
Ao contemplar tanta beleza na realeza do dia que morria
Ao som leve em êxtase... que cingia... pura melodia...
Rastros de docilidade a delinear... tua face - seminua!
Era sim o começo da eternidade... em mim
Que chegava leve e sensível tão forte, assim
Ao pressentir o teu cheiro inebriante, alecrim
Era sim o trescalar de cores etéreas... por fim
Para tatuar o meu amor... bem perto... enfim...
Nas asas aladas do vento que chora e ora, por mim!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 15/07/2011
Alterado em 15/07/2011