Lousa no infinito...
Na lousa que escreves
No cálice que te serves
No sangue que se bebe
O fel da vida que se ergue.
Tremores d'alma que escuta
No frêmito instante que resulta
Solfejar nota silente, desfolhada
Na lufada que se planta, desazada!
No clarim do dia, ao raiar, revoa...
O tremular gentil de vozes...
Que ecoam ritentes, à toa!
Ao som breve em lira celestial da hora
Que espanta o furor velado em preces
Zumbir da alma contrita que sobrevoa!...
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 16/07/2011
Alterado em 16/07/2011