Meu sangue ferve a borbulhar sentenças
Na labareda acesa que frisa meu penar
Nas ruas esguias que escasseia o meu selar
No frêmito d’alma desnorteada em crenças!
Meu sangue jorra excurrente e morrente
Nas vielas do medo que se consuma...
A submergir meus ossos em fogo e exuma
O corpo exaurido em tântrica dor, penitente!
Rasgo mortalha para expandir o medo...
Não quero mais morrer e repousar pretenso
Quiçá, voltar a ter áureos sonhos sem prelos!
Para aluir descrenças do meu pulsar e credo...
A revolver sentimentos que me tomam imerso
Na quietude da hora ao libertar-me, velados!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 16/07/2011
Alterado em 16/07/2011