No purpúreo regaço que me recebes e perdura...
Na hora derradeira dos meus dias, atormentada
Reporto-me ao velho baú da memória, enlutada
Na linha do tempo que sem avisos murmura!...
Desamparando os meus tormentos, penitentes...
Embaraçando lembranças em novelos e cardos
No baú nevoento a revolver sentimentos, atados
Intempéries d'alma que me prendem doudejantes!...
Na teia do passado que me fere desafortunada ao vê-las
Ao tatear ilusões que se perderam em brancos lençóis...
Na voz do vento que ecoa, lá fora, e insinua, ofegante!
Reencontrar horrendas e desconcertantes lembranças...
Que tinem sem parar em martelos e nós costurados em caracóis,
Ao tremular e guardar constelações que evolam de mim, ululante!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 17/07/2011
Alterado em 18/07/2011