Elzana Mattos

Gotas Acesas -  que jorram infinitamente...do meu ser!

Textos


 
    O rio se fechou nas encostas brevemente, levemente...
   Nas profundezas do meu ego peregrino... tão ínfimo,
   Desfolhou-se em folhas semimortas, enterrando-as em limo,
   Rio da minh'alma aflita que se foi em corrente - fremente.

   Onde deixei o meu sentir peregrino ao refletir silente?
   Medo infindo na hora primeira que me confunde, atroz
   Em sonhos ao escorrerem nos veios da terra, veloz...
   Desalinha-se em ventos intensos no ressurgir, intermitente.

   Intermináveis agonias que me salgam no puro sal da vida...
   Nas areias brancas das consciências revistas em sangue e pó
   Fenecer dos sonhos na memória que se escoa lentamente...

   Sem pedir concessão ao abutre de plantão que revida...
   Ao mostrar-se indefeso na hora da partida em atado nó...
   Dos sonhos inscritos nas margens d'alma, desafortunadamente!...

Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 20/07/2011
Alterado em 20/07/2011
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