Jaz em mim...
No muro da minha lógica jaz um poço oculto
Na altura que serve o meu pensar insano...
De verme incauto que sou, e segue em abandono...
Ao perambular pelas ruas escondidas do meu eu em luto!
No muro da minha casa fiz-me enclausurado quase morto,
Ao prosseguir inerte de sentidos na catapulta do desvelo,
Atirando pedras ao chão da minha consciência que protelo,
Romper-se e transcender, talvez, sem estar absorto!...
Das agruras humanas e rescindir agonias no cárcere que me encontro
Ao tremular da língua ferina que me consome em dardo subumano...
No cálice torto em noites de pesadelos constantes que me enveneno!
Ao claustro eterno do fogo do inferno que me queima em rastro...
Na fuligem dos anos que passaram e legaram-me ao abandono...
Alma errante que sou, e jaz rumo ao infinito que ora me condeno!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 22/07/2011
Alterado em 22/07/2011