Procurei o teu olhar distante, cigano
Nas águas tranquílas e escuras do mar
Mergulhei tão profundo que desatino,
Por não poder ti encontrar!
No reflexo dos anos que guardei enfim,
Das noites vividas com o teu sentir ausente,
Em brasas a me queimar e consumir por fim,
Do fogo cruzado do teu olhar... intrigante!
Ah, mulher volúvel que se dissipou em nuvens
De algodão no céu anil que a mim não serviu...
Agora, abandonado, submerso em corais...
Que um dia enfeitaram o nosso amor fugaz!
De luas e encantos em nós desatados...
Nas tranças da vida que nos afastou...
Oh, pobre criança que de traça se foi...
Partiu... sem dizer... ao menos... um adeus!