Quisera retornar aos doces anos de quimeras, velado...
Onde pássaros em bandos sobrevoavam as taperas, ritentes...
Quisera voltar ao passado e rever meus guardados, empilhados
No sótão das lembranças onde os deixei... sem nenhum cuidado!
O tempo foi passando e eu, construindo mundos, e sobrados...
Construção dobrada nas cidades sob cimentos e concreto armado
Sob muralhas, paredes, desisti de mim mesmo, e saí deserdado...
Ao ganhar universos sem nenhum zelo ou sentimentos estrelados!
O tempo passou sob grades e preso fiquei a chorar mágoas...
Hora bendita da Ave Maria que nunca soube agradecer e rezar;
Pobre diabo, que escolheu seu caminho e hoje, vive trevas a penar!
Sozinho à beira do abismo sem paz e sem ninho e sem nada
Jovem moiçolo num dia de branco ao sonhar com a paz alada
Volta sim, com coração leve ao desenhar lembranças, estreladas!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 26/07/2011
Alterado em 10/08/2011